sexta-feira, 30 de julho de 2010

Anestesia Moral e a piada de nossas vidas

Linhas tênues as de nossas consciências.

Meros temperos são suficientes para alterar nosso estado de humor...
acordar com o pé esquerdo: o mau humor que pode matar - e quem você não perdoaria de bom humor?

o vibrar da "quinta corda" é tão frenético, seu som é tão hipnotizante... por quê? por quê pode romper-se a qualquer momento, e é quando nos fundimos com a música, deixamos de ouví-la e nos tornamos animais.

Aprecio tal vibrar. Aprecio a quase implosão da "quinta corda". Quero sempre estar pronto para me tornar um animal, mas quero ter consciência disso. Quero estar preparado, e não serei conduzido: andarei sobre meus próprios pés, apagando com os calcanhares os passos que dei, afim de que ninguém me siga - só há um caminho a ser trilhado, e é o que cada um se propõe a trilhar.

A minha opção é XXX. Straight Edge. Não bebo, não fumo, não uso drogas. Já estou suficientemente louco e emputecido com as pessoas, e a minha fúria já me torna menos consciente; por isso, preciso estar constantemente dentro de mim para não correr o risco de fazer algo que depois me arrependa. Não preciso de anestesia, por isso recuso também a televisão e a igreja. Não delegarei minhas responsabilidades a nenhum Estado, este mesmo que me propõe abaixar a cabeça em troca de favores - cujos quais eu pago!


cuido de meu templo como e pois a única forma de me fazer entender nesse mundo.

Propaganda pela ação: para os outros, sou o que faço, o que pareço. Por mim mesmo, não poluirei meu templo, não me doparei, não aceitarei que me dopem para se aproveitarem de minha moral.

Convoco aqueles homens e mulheres que estão conduzindo suas próprias revoluções no cotidiano que tomem a frente de suas próprias vidas e não se reduzam ao senso comum: alcool, fumaça e drogas nos tiram de nossas perspectivas, confundem nossas idéias, favorecem as odiosas indústrias, então NÃO CONTRIBUAM. Quero liberdade, e não ser um escravo de uma garrafa, de uma seringa ou de um cilindro de papel.

Achas que não vicia, achas que és forte, que não serás atingido, que bebes e fumas pelo "social", vos digo: à merda com o "social" e com amigos que depredam seu templo, com sua consciência, com um "social" que não quer ouvir suas idéias sóbrio(s) e que torna mais importante uma piada para descontrair do estresse do dia-a-dia do que uma proposta para livrar-se realmente desse estresse! DEScontrair! estamos contraídos e precisamos de anestesia, então "por favor, chega de filosofia, eu só quero sair da minha consciência, dormir, trabalhar, e sair dela de novo! o mundo pode passar sem mim!!"

Sábias palavras as que Wilson proferiu:

"Um obtuso acha que até mesmo o vinho não tem gosto, mas o feiticeiro pode se embriagar simplesmente olhando para a água."
Não se trata de uma purificação espiritual e todo esse idealismo, mas de uma posição concreta: estar o máximo de tempo consciente. afinal, quem defende o meu castelo quando o rei não está em si? Contemos então a grande piada, dentro de nossos decadentes templos: nossas vidas tentando se distrair de nossas vidas.

Cuidemos de nossos templos, pois.

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